edição 90 | Fevereiro 2007


Editorial pe.Orlando

Vai realizar-se um novo referendo sobre “a despenalização do aborto”.
Embora e aqui tenha abordado o problema, por incumbência da Conferência Episcopal, de novo volto à questão, porque nesta altura é muito grande a confusão entre o sim e o não. Para além disso, não é menor o perigo de uma grande abstenção de voto, à semelhança do que aconteceu há anos.
Na sua mensagem, os bispos portugueses lembram que:
- A vida tem um valor absoluto. Não é referendável. Toda a lei que permite o aborto está a pôr em causa os valores fundamentais da vida e da pessoa humana.
- O aborto, mesmo quando é legalmente permitido, é uma violação grave do mandamento divino “não matarás”. Por isso, o aborto não é uma questão meramente religiosa, mas humana, porque agride os direitos fundamentais de uma pessoa, que tem o direito de existir, como a Constituição Portuguesa o confirma.
- O aborto não é uma matéria de política partidária, como vemos entre nós, mas da consciência de cada um. Os partidos devem tratar da política, isto é, do ordenamento da vida pública, mas não das consciências. Por isso, os partidos políticos não devem meter-se nisto. Muito ao contrário, a Igreja como qualquer outra família religiosa, tem todo o direito de intervir, porque a formação das consciências e a defesa da vida correspondem ao essencial da sua mensagem.
Quais as razões para escolher a vida e não o aborto?
- A vida humana é uma realidade e um processo que começa no primeiro instante e acaba com a morte. Interromper a vida não é uma suspensão temporária mas um corte definitivo. Como curiosidade, lembro que um bebé de 10 semanas já tem o corpo formado. Só precisa de crescer.
- Embora para justificar a liberalização, a permissão legal do aborto, muitos invoquem a prática e o perigo do aborto clandestino, não há nenhum país dos “avançados” onde tal lei tenha conseguido evitá-lo. Pelo que se vê, a chamada despenalização dá azo a uma maior facilidade em praticá-lo.
- Invoca-se o drama da mulher, que é indiscutível, mas este drama não desaparece pela permissividade do aborto. Para que esse drama não aconteça, o que temos a fazer é prevenir, evitá-lo pela educação sexual, pelo planeamento familiar, pelo apoio às mães em dificuldade. Não haverá hoje os meios necessários para evitar estas situações? Já que falo disto, nem sequer posso ou podemos imaginar que, como tenho ouvido, o aborto seja mais um meio de controle dos nascimentos.
- Para despenalizar a prática abortiva invoca-se o julgamento e a condenação de mulheres em tribunal. Mas, apesar de no nosso país, todos os anos haver mais de 20 mil abortos, alguém nos poderá apresentar a mulher que foi condenada em tribunal pela prática do aborto e está a cumprir a pena na cadeia?
- Ao dizer não ao aborto, a Igreja afirma que o caminho da permissividade não deve tornar ainda mais facilitada esta prática injusta e desnecessária, paga com os nossos impostos, como acontece com as adolescentes que, depois de actos irresponsáveis, vão adquirir gratuitamente contraceptivos no posto de saúde. Para degradar a vida já basta o que existe!
- O aborto não é um direito da mulher. Toda a mulher tem o direito de decidir se concebe ou não. Aqui está a sua total liberdade. Mas não tem o direito de dispor da vida de um outro ser humano, que, como ela tem direitos, nomeadamente, a existir.
- Perante um novo ser que ela está a gerar, em vez de o liquidar, a mãe deve protegê-lo.
E se depois disto a alguém, restarem dúvidas do que é, na realidade, fazer um aborto eu consigo apresentar-lhe imagens sugestivas.


Maravilhosos Mundo da Adolescência Cristina Pereira

Aproxima-se mais um dia de S. Valentim... As montras enchem-se de corações, de rosas vermelhas, de peluches, de postais, enfim, de inúmeros produtos que fazem sonhar os corações mais apaixonados! A maioria destes produtos têm como público alvo a adolescência. Mas, muitos há que já não se contentam com um simples e inocente namoro, como sugerem os postais de S. Valentim. É certo que não podemos descrever a adolescência como uma simples adaptação às transformações corporais, mas sim como um importante período no ciclo de vida que corresponde a diferentes tomadas de posição sentidas ao nível social, familiar e também sexual. Mas há decisões que podem condicionar de modo indelével a vida futura e que nem sempre são tomadas livre e conscientemente.
Um(a) adolescente com 15 ou 16 anos estará suficientemente amadurecido para ter relações sexuais? Se a relação terminar não ficarão marcas emocionais profundas? E se daqui resultarem consequências para o resto da vida, como uma gravidez ou uma doença incurável? Uma gravidez na adolescência provoca alterações na transformação que já vem ocorrendo de forma natural, ou seja, implica um duplo esforço de adaptação interna fisiológica e uma dupla movimentação de duas realidades que convergem num único momento: estar grávida e ser adolescente.
Não é a primeira vez que abordo este tema no Maravilhoso Mundo da Adolescência, mas se o faço novamente é porque sinto que infelizmente há muito a dizer e a fazer nesta área. E, infelizmente, a despenalização da interrupção voluntária da gravidez que tantos pretendem, pode ainda favorecer o aparecimento de mais casos. O número de grávidas adolescentes continua a aumentar. Ainda este ano lectivo, durante o primeiro período, tive uma aluna no 5º ano de escolaridade que se encontrava grávida. No início do segundo período deixou de ir à escola. E de quantas mais coisas não terá também de abdicar?
Viver uma relação sexual prematura equivale a entregar o corpo sem a correspondente entrega da pessoa nas suas outras dimensões. Uma relação tem de ser construída ao longo do tempo, mediante um diálogo rico que proporcione o aprofundamento do conhecimento mútuo.



Poetizando

Queremos viver...

Pela nossa família;
Pelos nossos amigos;
Porque ainda temos muito para descobrir;
Porque Deus nos deu o direito à vida;
Porque temos muito para aprender;
Porque temos de concluir o objectivo que Deus tem para nós;
Porque somos importantes para o Mundo;
Porque o futuro pode ser muito melhor que o presente;
Porque temos jornadas a vencer e sonhos a concretizar;
Pelas muitas pessoas que precisam de nós;
Para anunciar a Palavra de Deus;
Pelo amor que temos para dar;
Para continuar a existência da humanidade;
Porque fazemos parte do Projecto de Deus!

Catequisandos do 7º ano


Património Nazaré Marques

Festas de outros tempos…
Estou a ouvir foguetes numa freguesia próxima. Pela data em que estamos faz-me adivinhar que será a Festa do Menino Deus. Isso traz-me determinadas recordações. E, como esta página vive de recordações, resolvi partilhá-las convosco.
Estávamos nos anos 70. Havia a tradição de, num dos fins de semana a seguir ao Natal, se realizar uma festinha na nossa paróquia. Um grupo de jovens, de ambos os sexos, com o entusiasmo e a irreverência que sempre caracterizou essa idade, todos os anos assumia a organização desta Festa.
Alguns meses antes dava-se início ao peditório para angariação de fundos. Porta a porta calcorreavam as ruas e ruelas pedindo para o Menino. Amiudadas vezes ouviam respostas do género: “ Oh meninos, o menino Jesus não come!…”
Juntávamos o dinheiro, contratávamos a Banda Marcial de Gueifães, um pregador para fazer o Sermão, combinávamos o serviço a prestar pelo fogueteiro e mais alguns pormenores. Tudo resoluções muito adultas para um grupo cuja idade oscilava entre os 14 e os 20 anos.
Chegava o dia, muita coisa a organizar. O dia começava com a missa das 7 da manhã onde os jovens festeiros assumiam as responsabilidades inerentes. No fim desta celebração, que ainda era celebrada na Igreja Matriz, era costume os homens tomarem um cálice de vinho do Porto. Era vê-los na porta lateral a cavaquear e a beberricar os copinhos servidos pela rapaziada toda animada.
A manhã decorria em clima festivo ao som de foguetes e da música tocada pela Banda Marcial de Gueifães. Na celebração das 11 horas a responsabilidade era maior. Havia sermão e a igreja a abarrotar. Mas a maior agitação ainda estava para começar.
Pela 1 hora da tarde saíamos numa carrinha aberta a percorrer as ruas da freguesia recolhendo oferendas para serem leiloadas. O leilão tinha início pelas 3 horas e havia muitas garrafas e presentes variados para reunir. Alguns cestos eram verdadeiros cabazes de Natal como agora se usa dizer. Outros ainda eram chamados segredos. Só depois de alguém os comprar descobria o que continham.
O leiloeiro era experiente e muito entusiasta. Ninguém faltava às longas disputas que se sucediam. Havia alguns despiques muito renhidos que se prolongavam durante longos minutos. Algumas famílias já tinham por hábito vir disputar o lanche que depois iam saborear para casa ao fim da tarde. E os jovens a fazer contas às notinhas que se iam acumulando. Tinham que fazer dinheiro para as despesas e para entregar alguns lucros ao Sr. Padre para a Paróquia.
Apesar do envolvimento que tudo isto implicava, pelo que me conta a minha mãe, nada se compara com o que acontecia 30 anos antes. Aí sim, levava-se a tais extremos que muitos namoros dependiam do empenhamento que os rapazes mostravam em comprar os segredos da sua amada ou pretendida. Mas, regressando à época, havia ainda o depois da Festa… as reuniões para encerrar todas as contas, concluir o trabalho e entregar o saldo.
O tempo decorrido entre a primeira e a última reunião eram de agitação, discussão e divertimento. Muito trabalho que deixava depois um sabor a saudade quando tudo acalmava. Sensações que qualquer jovem entende, pois nestas idades vive-se cada acontecimento com uma intensidade e colorido que se vai perdendo com o passar dos anos…

Acontece

5 de Dezembro de 2006 Dia Internacional do Voluntariado comemorado no Lar Stº António
No passado dia 5 de Dezembro comemorámos na instituição o Dia Internacional do Voluntariado.
Para isto juntámos o grupo de voluntários do Lar Santo António e o grupo do Centro de Apoio à Terceira Idade – CATI de S. Mamede de Infesta, acompanhados pelos respectivos técnicos, responsáveis por este trabalho.
Foi convidado o Sr. Arquitecto Benjamim Salgado – um dos fundadores do Voluntariado no Hospital de S. João – que deu o seu contributo na reflexão conjunta sobre o voluntariado.
Foi um momento de partilha de experiências, troca de lembranças, lanche e visita ao Lar Santo António.
Deixamos os nossos agradecimentos a todos os que permitiram a realização deste encontro e damos mais uma vez os parabéns pelo empenho e dedicação ao longo de todo o seu trabalho. Continuem!!!

Lar Stº António



Natal 2006 Presépio
Não há Natal sem o nosso Presépio e, mais uma vez, o Grupo Vitae envolveu-se na sua construção. Fruto da imaginação dos elementos do grupo, surgiu um Presépio cheio de significado, cheio de simbolismo e simplicidade.
Só pode acontecer Natal se nascermos com Jesus, se nos deixarmos transformar pela Sua novidade, se bebermos do Seu Amor inesgotável. “Como diz a Escritura, hão-de correr do seu coração rios de água viva.” (Jo 7, 38). Ele é a Fonte de Água Viva, a Fonte Inesgotável, a Fonte que é plenamente Dom para nós. È esta Fonte que nós queremos encontrar, é nesta Fonte que queremos beber, é da sua água que queremos viver. Por isso, o nosso Presépio nasceu de uma fonte, no nosso Presépio correu Água Viva para todos nós...
Susana Leite




16 de Dezembro de 2006 Festa de Natal do Lar Stº António
No passado dia 16 de Dezembro – Sábado realizou-se a Festa de Natal na nossa instituição.
Estiveram presentes um representante da Câmara Municipal da Maia, um representante do Conselho Central do Porto da Sociedade São Vicente de Paulo (S.S.V.P.), o Presidente do Conselho da Zona da Maia da S.S.V.P., o Presidente da Conferência de S. Faustino de Gueifães , a direcção do lar, técnicos, voluntários, colaboradores, utentes do Lar, Centro de Dia e Apoio Domiciliário, familiares e amigos.
Da parte da manhã tivemos ainda a visita do Sr. Presidente e do Sr. Vice-Presidente da Câmara Municipal da Maia, que vieram desejar as boas festas aos idosos e a todos os presentes.
A festa teve início com a Celebração da Eucaristia, seguida de almoço e tarde recreativa com a participação de:
> Coro do Instituto Cultural da Maia
> Coro do Lar Stº António
> Grupo de ginástica do Lar Stº António
> Grupo de teatro do Lar Stº António com a participação dos Voluntários
Para finalizar este dia de festa sempre tão agradável e tradicional tivemos o lanche em convívio.
Lar Stº António


27 de Dezembro de 2006 Festa de Natal das Equipas da Paróquia
À semelhança dos anos anteriores, as diversas Equipas da Paróquia de Gueifães, reuniram-se na Cripta da Igreja, para celebrar a sua habitual Festa de Natal. Como, também, já é tradição cada equipa presenteou-nos com uma pequena apresentação relacionada com a época natalícia, sendo esta feita de diversas formas. Assim sendo, pudemos viajar pelo teatro, pela música, pela poesia, ... Nesta festa não pode faltar os “comes e bebes”, que permitiram mais momentos de convívio e diversão.
São em ocasiões como estas que os membros activos da nossa Paróquia, podem conviver e partilhar as suas alegrias e canseiras na construção do Reino de Deus. A “messe é grande” e todos são necessários para trabalhar nela...
Para o ano haverá mais...
Susana Leite


26 a 29 de Dezembro de 2006 XVI Encontro Internacional de Jovens M.E.L.
Nos passados dias 26, 27, 28 e 29 de Dezembro decorreu o XVI Encontro Internacional de Jovens dos grupos M.E.L. - Missionários Eucarísticos Leigos - extensão das Missionárias do Santíssimo Sacramento e Mª Imaculada.
Assim, foi com alegria que na manhã do dia 26 partimos cerca de 40 jovens M.E.L., irmãs, e amigos convidados para o Centro Paulo VI em Fátima.
Participaram neste Encontro, que decorreu sob o lema “Deixa-te Surpreender”, cerca de 90 jovens e religiosas dos grupos M.E.L. de Portugal (Maia) e Espanha (Madrid, Granada, Barcelona, Padul, Motril e Pamplona), alguns deles originários de vários países da América Latina.
Este encontro anual tem como principais objectivos a partilha de experiências entre os diferentes grupos e o crescimento pessoal nos vários momentos de formação e oração… tudo isto envolvido num agradável ambiente de convívio e diversão.
Depois destes dias voltámos animados e prontos a dar início a mais um novo ano de caminhada, comprometidos com Cristo e com toda a permanente novidade do seu Evangelho!
Ricardo Ascensão, mel




6 de Janeiro Concerto de Reis organizado pelo Grupo Vitae
Como já vem sendo tradição entre nós, o Grupo Vitae encheu a cripta da Igreja em mais uma organização do “Concerto de Reis”
Os que dele quiseram gratuitamente participar tiveram garantida uma noite onde não faltou a música, a alegria, o Bolo-rei e o Vinho do Porto.
Este ano os grupos corais “Clavezinhas de Sol” e “Sol Maior” deram-nos o privilégio das suas actuações, cantando e encantando com a magia do seu estilo muito próprio.
Ao pedido (ou não) do Maestro Nuno Rocha todos os presentes cantarolavam as músicas que, inclusive, passavam num projector ao jeito de “Karaoke”.
Foi uma noite muito bem passada!
No ar ficou o desejo de mais “Sol” e mais “Concerto de Reis”.
Ricardo Ascensão




Página Aberta (o conteúdo destes textos é da responsabilidade dos seus autores)

Celebrar o Dia Mundial do Doente
A celebração do Dia Mundial do Doente foi instituída no pontificado de João Paulo II e surgiu da necessidade, reconhecida por alguns sectores da Igreja, de dignificar a pessoa do doente, conferindo-lhe um estatuto de membro activo na vida da própria igreja.
Por outras palavras: não basta ministrar os sacramentos a quem sofre, pedir-lhes para rezar muito, sofrer pela remissão dos seus pecados e pela conversão dos pecadores. É fundamental que, como cristão, à pessoa do doente lhe sejam confiadas missões de responsabilidade e de intervenção em prole da vida comunitária. O doente, depois de evangelizado, será um excelente evangelizador de outros doentes e de pessoas ditas sãs que ainda não tenham encontrado na razão da cruz razões para viver.
No entanto, apesar da data para a Celebração do Dia Mundial do Doente ter sido instituída pela Igreja, ainda hoje são muito poucas as paróquias que celebram o dia. E, o mais incongruente é que algumas paróquias celebrem algo parecido ao Dia do Doente, mas em datas e contextos totalmente descabidos dos propósitos que levaram ao seu surgimento.
Muito sinceramente, já é mais do que tempo de as nossas comunidades cristãs e, sobretudo, dos seus responsáveis, se despirem de preconceitos e/ou piedadezinhas desumanas e começarem a olhar para nós, os doentes, não como os eternos doentinhos a quem tudo tem que ser dado, mas sim, como homens e mulheres que, como cristãos, também somos chamados a participar na construção do Reino, segundo o dom de cada um.
Que bom seria se a nossa paróquia fizesse esta reflexão duma forma séria e aberta e passássemos a viver o dia 11 de cada Fevereiro como tanto desejou o Santo Padre.
Em sua respeitosa memória, viva para sempre e cada vez em maior número de comunidades o dia 11 de Fevereiro.
Américo Lisboa Azevedo

Temas Para Meditar - O Universo Amniótico
Com um referendo a bater-nos à porta, achei útil meditar com os leitores sobre um tema que nunca vi explorado e que me encanta e tem muito a ver com todos, viventes e falecidos: “O Universo Amniótico”.
Maravilhado com o que fui captando em leituras de astrofísicos de nomeada sobre o avançado conhecimento científico acerca do Universo visível e invisível que nos rodeia, espantei-me ao ser-me apresentado aquele de onde todos nós proviemos: o ventre da nossa mãe.
Questionei-me sobre múltiplas questões, tentei relacionar muitos factos para os quais não obtinha resposta e hoje vou tentar nesta pequena reflexão partilhar convosco algumas delas, para vos levar a meditar sobre o assunto.
- Não vivemos no início concretamente um tempo num espaço totalmente diferente daquele que hoje desfrutamos após o nascimento?
- Como foi possível desenvolver vida desde o embrião que fomos ao feto que aflorou?
- Nesse Universo que até é líquido, tudo nos foi oferecido para o nosso total desenvolvimento: alimentação, assistência plena em todos os aspectos essenciais, até ao momento de se operar em nós uma grande metamorfose que tornou viável a mudança daquele para um novo.
- No aspecto físico a medicina constata que em condições de normalidade tudo funcionou plena e maravilhosamente.
- E noutros planos? Que se terá passado?
Apraz-me acreditar que vivemos então mergulhados num meio de muita paz, tranquilidade, dependência total, ausência de stress, tudo isto derivado da plenitude do amor daquela da qual dependemos: a mãe.
- Nesse ambiente maravilhoso, fomo-nos preparando para a etapa seguinte: aprendemos a mamar, a chorar, a respirar e todas as novas necessidades vitais à situação vindoura.
- Que medos nos assaltaram quando pela primeira vez esta harmonia foi rompida, com um desencadear de novos acontecimentos (contracções uterinas), quais tempestades no meio da bonança e nos levaram a portos desconhecidos?
- Que lembranças permaneceram em nós desde o início, até sermos recolhidos por braços amigos?
- Até que ponto isto afectou as nossas actuais vidas? E conseguimos pôr de lado tudo o que nos afectou, ou tiramos proveito do que nos deliciou?
- Que novas experiências nos poderão aguardar na passagem deste Universo para o que designamos por Além?
Do exposto deixo a minha mágoa sobre tudo o que impeça que todo o vivente (ser após a fecundação) seja impedido de seguir passo a passo todas as etapas a que tem direito.
Num próximo artigo, caso este tema tenha merecido o vosso interesse, abordarei algo que sempre me empolgou e que se encontra no antípoda do de hoje e se baseia em testemunhos de pessoas dadas clinicamente como mortas e se salvaram “in extremis” relatando ao seu médico a experiência por eles vivida.
Hernâni Lopes


21 de Fevereiro - Dia Internacional da Língua Materna
PORTUGUÊS - LÍNGUA “NÃO MATERNA”
“As escolas devem proporcionar actividades curriculares específicas para a aprendizagem da língua portuguesa como segunda língua aos alunos cuja língua materna não seja o português” Decreto-Lei 6/2001, Artigo 8º

Vivemos num pequeno Portugal, grande em diversidade de culturas. Não acredita?! Imagina a quantidade e variedade de línguas existentes no nosso país? Dê uma olhada...

Língua gestual
¤ Apesar de haver em Portugal cerca de 180 mil surdos, apenas 10% destes portugueses comunica através da língua gestual portuguesa (LGP), a sua língua materna.
¤ Para todos eles, o português é uma língua não materna com características radicalmente diferentes da sua.
¤ A LGP, como todas as línguas, apresenta variedades regionais e é diferente das línguas gestuais de outros países.

Língua cigana
¤ Os cerca de 50 mil portugueses ciganos falam, geralmente, uma variedade própria do português europeu com diferenças na pronúncia e no vocabulário.
¤ Os mais velhos falam uma variedade mais afastada da norma europeia, com mais vocabulário da sua língua ancestral.
¤ Há quem apoie a revitalização do romanó-caló, variedade ibérica do romanó, a língua neo-indo-ariana que permite a comunicação entre os ciganos de todo o mundo.

Línguas de origem africana
¤ Grande parte dos alunos de origem africana tem como língua materna uma das diferentes línguas crioulas de base lexical portuguesa, como o cabo-verdiano, o santomense ou o guineense.
¤ Tratando-se de línguas que até muito recentemente eram consideradas, erradamente, variedades corrompidas do português, têm pouco prestígio entre nós.
¤ Também há muitos alunos de origem africana que têm como materna uma das muitas línguas bantas, com destaque para o quimbundo, originário do noroeste de Angola.
¤ A generalidade das línguas africanas não tem uma tradição escrita consolidada e, por isso, são raros os seus falantes nativos alfabetizados na sua língua materna.

Línguas de origem europeia
¤ As três maiores famílias linguísticas europeias são a românica ou latina, a germânica e a eslava. Trata-se de línguas com tradição escrita, há muito presentes nos sistemas educativos e por isso os seus falantes nativos estão alfabetizados na sua língua materna.
¤ As línguas românicas mais comuns entre nós como língua materna, para além do português, são o francês e o espanhol. O francês é a língua materna de muitos portugueses nascidos em França e o espanhol de portugueses nascidos na Venezuela.
¤ Mais recente entre nós é a presença de falantes nativos de romeno, língua latina falada pela maioria dos romenos e dos moldavos. Enquanto os primeiros utilizam o alfabeto latino, os segundos geralmente recorrem ao cirílico.
¤ As línguas germânicas com maior número de falantes entre nós, são o inglês, o alemão e o neerlandês.
¤ Na família das línguas eslavas, há línguas que são escritas com o alfabeto cirílico, oriundas de países de tradição ortodoxa, como o russo, o ucraniano ou o búlgaro.
¤ O alfabeto círilico é uma adaptação do alfabeto grego às línguas eslavas.
. Entre ucranianos, bielorrussos e moldavos há muitos falantes nativos de russo.
¤ O russo é também a primeira língua estrangeira da generalidade da população adulta oriunda dos países do leste europeu.

Línguas de origem asiática
¤ A língua materna da maior parte dos alunos portugueses de origem indiana é o gujarati, língua indo-europeia, como o português, originária do estado indiano homónimo adjacente a Damão e Diu.
¤ É uma língua com tradição escrita que utiliza o alfabeto devanagari partilhado com outras línguas indo-europeias da Índia.
¤ Entre os alunos chineses ou de origem chinesa predomina, como língua materna, o wu, oriundo de províncias a sul de Xangai.
¤ O wu é uma língua diferente do mandarim ou do cantonês, apesar de partilhar com elas a mesma escrita ideográfica. Tal significa que os falantes nativos destas três línguas não conseguem comunicar oralmente entre si, mas que um mesmo texto escrito pode ser lido, por qualquer um dos três.

pesquisa de: Pedro Graça


Crescer em Comunidade
+
www.derrotarmontanhas.blogspot.com
Já há uns tempos que o meu telemóvel não vibrava! Paciência…
Ainda fui a uma loja perguntar se seria da bateria… Disseram-me que era preciso substituir mesmo o vibrador, e pelo dinheiro que custava pareceu-me que não valia a pena.
Há três dias, fiz de conta que me tinha esquecido de tudo isto e fui a outra loja com a mesma pergunta. Recebi a mesma resposta, e cheguei à mesma conclusão…(dahhh!)

Entretanto, ao chegar a casa, sentei-me ao computador a escrever umas coisas que trazia na cabeça, sem sequer tirar o casaco. Quando me dei conta despi-o e atirei-o para cima do sofá. O telemóvel estava no bolso (ups) e enquanto o casaco foi para cima do sofá ele atravessou o quarto inteiro pelo ar!!! Bateu contra a parede e caiu.

“Já fiquei sem telélé!”, pensei… “C’um caneco!”

Fui apanhá-lo e “ainda respirava”… Pousei-o na secretária e continuei a escrever.
Passado um bom bocado recebi uma chamada. E o telemóvel já não tocou só! Vibrou a bom vibrar!!!

“Que rico tombo!”

Depois de desligar fiquei um bocado a sorrir sozinho e a ler uma quantidade enorme de coisas na minha Vida e na dos Homens meus irmãos…
“Um rico tombo…
Às vezes, os tombos são uns ricos tombos… tudo depende não da maneira como caímos, mas da maneira como nos levantamos.
Sim, porque a cair somos todos iguais! A levantarmo-nos é que não…”

SHALOM
Rui Santiago, cssr




Temas em Saúde Vânia Oliveira
Varizes
As veias dos membros inferiores têm como função conduzir o sangue de volta ao coração. Dentro delas existem pequenas válvulas que impedem o retorno venoso para os pés, devido à acção da gravidade. Quando estas válvulas se tornam insuficientes, não fecham adequadamente e o sangue não progride. Localmente, a quantidade de sangue aumenta, fica estagnado e faz com que as veias se dilatem e deformem tornando-se visíveis e com aspecto sinuoso.

Causas Um dos principais factores para o desenvolvimento das varizes é o factor hereditário (genético), que ocasiona uma diminuição da resistência das paredes das veias tornando-as mais frágeis e menos resistentes. No entanto, há outros factores que desempenham, também, um papel importante no seu aparecimento ou agravamento, tais como: o tabaco, a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, o excesso de peso e a permanência prolongada na posição de pé ou sentada.

Principais sintomas No início, as queixas mais frequentes são:
> Sensação de cansaço,
> Peso e dor nas pernas,
> Prurido (comichão),
> Edema (inchaço) dos pés e tornozelos,
> Dormência e cãibras (em particular durante a noite).
Nota: Por vezes, os sintomas são piores quando as varizes se estão a desenvolver do que quando estão completamente formadas.

Tratamento Uma vez que as varizes não se curam, o tratamento dirige-se, sobretudo, a aliviar os sintomas, melhorar o aspecto e prevenir as complicações.
> Tratamento conservador
A elevação das pernas alivia os sintomas das varizes, mas não as evita.
As meias elásticas comprimem as veias e evitam que sofram alongamentos e feridas.
> Tratamento Cirúrgico
A cirurgia tem como objectivo extrair a maior quantidade possível de veias varicosas. Dado que as veias superficiais têm um papel menos significativo do que as veias profundas no retorno do sangue ao coração, a sua extracção não prejudica a circulação se as profundas funcionarem normalmente.
Embora a cirurgia alivie os sintomas e previna as complicações, a tendência para desenvolver novas varizes não se elimina.

Prevenção Os cuidados preventivos facilitam o retorno venoso, diminuem o sofrimento, evitam a dilatação das veias e atrasam a evolução da doença, podendo evitar a necessidade de uma intervenção cirúrgica.> Use meias elásticas principalmente durante a gravidez, ou durante actividades em que permaneça muitas horas de pé (os resultados são melhores se as calçar logo de manhã, mesmo antes de se levantar da cama).
> Mantenha um peso corporal adequado, evitando o excesso de peso.
» Faça uma alimentação equilibrada rica em fibras e fruta.
» Substitua as carnes vermelhas e as gorduras por peixe e carne de aves.
» Evite os alimentos fritos e algumas especiarias.
» Beba cerca de um litro e meio de água por dia e evite bebidas alcoólicas.
» Não fume.
> Use roupas e sapatos confortáveis. Os saltos altos são prejudiciais.
> Evite a exposição prolongada dos membros inferiores a elevadas temperaturas tipo sauna, banhos quentes, radiadores, exposição solar, lareiras…
> Evite estar muito tempo sentado. Se tiver que o fazer use meias elásticas, mobilize as pernas e mexa os tornozelos e os dedos dos pés com frequência.
> Evite cruzar as pernas quando se senta.
> Durante o repouso, mantenha as pernas ligeiramente levantadas.
> Pratique regularmente exercícios físicos moderados (andar a pé, de bicicleta, dançar, caminhar na praia junto à água, banho de mar, natação…)
> Evite transportar pesos em excesso.

A prevenção é fundamental e deverá ser feita o mais cedo possível.



A Catequese Está Passando Por Aqui...

Mulheres do Povo de Deus

Houve uma mulher que me impressionou muito ao contar num programa de televisão o que lhe tinha acontecido. O caso é o seguinte: essa senhora aos sete meses de gravidez descobriu que o filho que trazia no ventre sofria de uma deficiência que geralmente provoca a morte, depois do parto, tanto à mãe como ao bebé. Mesmo assim, a mãe não desistiu e agora vive muito feliz com o seu filho que já tem, agora, sete anos. Esta mulher por causa da sua fé e amor é uma mulher do Povo de Deus.

Ana Sofia - 5ºano

Madre Teresa de Calcutá
Considerada a missionária do século XX, concretizou o projecto de enviar e recuperar os desprotegidos na Índia. Através da sua congregação “Missionárias da Caridade”, partiu em direcção à conquista de um mundo que acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres.

Mariana Martins - 5ºano



Vou falar de duas mulheres que fazem parte do Povo de Deus: a minha mãe e uma prima do meu pai.
A minha mãe trata todas as pessoas com muito carinho e não deixa que ninguém passe mal. Trabalha no IPO do Porto e não teme que alguém a contagie, trata todos da mesma maneira, não deixa ninguém ficar de fora. Ajuda todos com a misericórdia de Deus.
A prima do meu pai perdeu um peito, perdeu o marido e tem alguns problemas com um filho, mas não é por isso que deixou de confiar em Deus, pelo contrário, tem uma fé inacreditável, vai à missa e reza junto de Deus como um filho está perto dos pais. Esta senhora junto de Deus, resolve todos os seus problemas, assim não há mal que ela não suporte, pois, tendo Deus com ela sabe que nenhum mal lhe irá acontecer. Confia em Deus assim como confiou Abraão.


Fabiana - 5ºano



Eu escolhi para falar das mulheres do povo de Deus a mãe dos sete filhos e Judite.
A mãe dos sete filhos teve um acto de muita coragem. Animou os seus sete filhos a não temerem a morte, mas sim, a terem fé. Deram a sua vida por amor ao Senhor.
Judite foi uma mulher muito importante porque ela lutou pela sua cidade contra o exército inimigo. Libertou o seu povo. Não teve medo do que lhe poderia acontecer e arriscou. Também foi uma entre muitas outras mulheres do povo de Deus que deu continuação ao Projecto de Deus. Podia também falar de outras corajosas mulheres como: Sara, Débora, Rute e outras dos nossos dias que também vão dando continuidade ao Projecto de Deus

Viviana - 5ºano



A minha mãe, para mim, é uma mulher do povo de Deus. Logo no início do dia costuma rezar e ler a Bíblia Sagrada. Ela tenta dar-me a melhor educação possível, ensinando-me sempre a dizer a verdade, não pegar em nada que não me pertença, a respeitar as pessoas, rezar todos os dias, etc.
A minha mãe também não se mete na vida alheia e nunca arranjou confusões com outras pessoas. É muito amiga do meu Pai. São um casal muito feliz.


Marco - 5ºano



Actividades da Paróquia / Agenda Cultural

2 - Dia do Consagrado Dia da Viúva
3 - Reunião de Catequistas da Infância
5 - Dia Mundial contra a Mutilação Genital Feminina
6 - Reunião da Equipa Vicarial em Silva Escura
7 - Encontro de Catequistas/Pais - As Novas Correntes do Pensamento e a Catequese - Igreja da Maia
11 - Reunião de Acólitos Dia Mundial do Doente
14 - Dia dos Namorados
15 - Festa do Padroeiro S. Faustino - 19h00
20 - Carnaval
21 - 4ªfeira de Cinzas Dia Internacional da Língua Mãe
22 - Dia Europeu da Vítima
25 - Início da Quaresma
27 - Reunião dos Leitores



Leituras Dominicais
+ www.asoscomeles.blogspot.com - explicação das leituras

4 Domingo V do T. Comum
Is 6,1-2a.3-8 Sl 137,1-8
1Cor 15,1-11 Lc 5, 1-11

11 Domingo VI do T. Comum
Jer 17,5-8 Sl 1,1-6
1Cor 15,12.16-20 Lc 6,17.20-26

18 Domingo VII do T. Comum
1Sam 26,2.7.9.12-13.22-23
Sl 102,1-2.3-4.8
1Cor 15,45-49 Lc 6,27-38

25 Domingo I da Quaresma
Deut 26,4-10 Sl 90, 1-2.10-15
Rom 10,8-13 Lc 4,1-13


Sem comentários: